quinta-feira, 10 de julho de 2025

A ORIGEM DE TUDO - O DIA 3 DA CRIAÇÃO

No relato da criação descrito em Gênesis 1, cada dia marca um avanço na organização e preparação da terra para abrigar a vida. Após separar a luz das trevas no primeiro dia, e ordenar a formação da expansão (o firmamento) no segundo, o terceiro dia se destaca como um ponto de grande transformação. Deus agora intervém diretamente na configuração física do planeta, reunindo as águas num só lugar e fazendo com que a porção seca apareça. Este ato marca o surgimento da terra firme e dos mares, conforme Seu comando soberano.

Mas o terceiro dia não se encerra com essa separação. Ele se desdobra com uma nova ordem divina: que a terra produza vegetação: relva, ervas que deem sementes e árvores frutíferas. Assim, o Criador estabelece um sistema natural autossustentável, com espécies capazes de se multiplicar e manter o equilíbrio da vida futura. Tudo ocorre com ordem, precisão e propósito, preparando o cenário para os seres vivos que ainda seriam criados.

Este estudo aprofunda os eventos do terceiro dia da criação, revelando como Deus formou o relevo da terra, organizou os mares e estabeleceu a vegetação, destacando a sabedoria, o poder e a intencionalidade divina em cada detalhe da criação. Ao examinarmos esse momento, percebemos que nada foi feito ao acaso: cada elemento criado servirá de base para os próximos atos do Deus Criador.

9 ¶ Disse também Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez.  10  À porção seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom. 

Neste terceiro dia da criação, Deus dá continuidade à organização da terra, que havia sido criada no princípio (Gênesis 1:1), mas ainda estava coberta pelas águas (Gênesis 1:2). Agora, Deus ordena: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca". Essa ordem divina resultou na separação clara entre a parte seca, chamada "Terra", e os grandes ajuntamentos de água, chamados "Mares".

A terra, que até então estava encoberta, é revelada pela retirada ou deslocamento das águas. É possível compreender que Deus não apenas revelou a terra, mas também agiu de maneira sobrenatural, elevando os terrenos secos ou rebaixando os vales, moldando assim o relevo terrestre.

Essa compreensão é reforçada por uma bela descrição poética no Salmo 104:6-8, que diz:

“Com o abismo, como com um vestido, a cobriste; as águas ficaram acima das montanhas. À tua repreensão fugiram, à voz do teu trovão bateram em retirada. Elevaram-se os montes, desceram os vales, até ao lugar que lhes determinaste.” (Salmos 104:6-8, ARA)

Esse texto salmístico sugere que a ação de Deus envolveu o levantamento de montanhas e o rebaixamento de vales, para que as águas se acomodassem nos limites que Ele mesmo determinou. Assim, Deus não apenas separou, mas também deu forma ao relevo, preparando o ambiente ideal para a vida.

Ao final desse ato criativo, Deus vê que tudo “era bom”. Isso revela que a criação está sendo feita com ordem, propósito e perfeição. Nada é aleatório, cada etapa prepara o caminho para a próxima. O aparecimento da terra seca será fundamental, pois é nela que, no mesmo terceiro dia, Deus fará brotar a vegetação.

11  E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez.  12  A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.  13  Houve tarde e manhã, o terceiro dia.

Ainda no terceiro dia, após Deus organizar os mares e revelar a porção seca da terra, Ele dá um passo essencial na preparação do planeta para a vida: ordena que a terra produza vegetação, relva, ervas que deem sementes e árvores frutíferas.

Essa sequência mostra claramente que a criação é ordenada e intencional. Deus não cria de forma improvisada ou experimental, como quem diz: "vamos ver no que vai dar". Pelo contrário, há um plano bem definido e cada etapa cumpre um propósito específico. Antes de formar os animais ou o ser humano, Deus cria o alimento necessário para sua subsistência. Ele prepara primeiro o ambiente e os recursos, depois os seres que dele dependerão.

A vegetação surge segundo suas espécies, com sementes em si mesmas, o que demonstra um sistema completo de reprodução e continuidade. Essa diversidade, “segundo a sua espécie”, aparece repetidamente no texto e revela a perfeição da ordem natural criada por Deus, sem confusão nem desordem.

Portanto, no terceiro dia da criação:

  • Deus reúne as águas debaixo dos céus num só lugar;
  • A porção seca aparece, revelada ou elevada pela ação divina;
  • À parte seca Deus dá o nome de Terra, e às águas ajuntadas, Mares;
  • Deus ordena que a terra produza vegetação: relva, ervas com sementes e árvores frutíferas, cada uma segundo a sua espécie;
  • Tudo isso acontece com ordem, propósito e sabedoria, e Deus contempla Sua obra e vê que é boa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário