quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

O QUE SIGNIFICA EVANGELIZAR


Quem pertence a alguma denominação religiosa certamente ouve de seus líderes espirituais a importância e necessidade de evangelizar outras pessoas (Mc 13:10; Mc 16:15). Essa deveria ser a prática mais comum desses líderes, e é a tarefa ou missão que devemos cumprir como bons soldados de Cristo (2Tm 2:3).

Mas creio que muitas pessoas tenham dúvidas sobre o que realmente seria essa tarefa e como poderíamos cumprir ela com excelência. Este estudo é preparado para esclarecer este tema e nos preparar ainda melhor para esta obra importantíssima que é levar o evangelho a outras pessoas (Mt 24:14).

O QUE SIGNIFICA EVANGELHO

Evangelho, de forma mais grosseira, são os quatro primeiros livros do novo testamento: MATEUS, MARCOS, LUCAS e JOÃO. Estes livros apresentam a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. Nestes primeiros livros do NT, já podemos ter uma ideia do que seria evangelizar alguém, mas evangelizar não necessariamente seria pregar apenas esses quatro livros, certamente podemos usar também todos os outros livros bíblicos para esta missão.

A palavra evangelho, no grego, pode ter originado da palavra aggelov (aggelos), que significa um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo (Lucas 1:19; Lc 2:10-11), um mensageiro de Deus. Mas a sua origem pouco importa.

O que importa de fato é o seu significado, que na língua de origem (grega) quer dizer “boa notícia”, ou em uma versão mais antiga: “BOAS NOVAS”. Encontramos a palavra “evangelho” somente no novo testamento, justamente por que temos aqui cartas escritas na língua grega, ao contrário do antigo testamento, onde os livros originalmente foram escritos em Hebraico e alguns trechos em Aramaico. Mas o significado de Evangelho também está presente no antigo testamento, podemos encontra-las em vária passagens, dentro delas, algumas citadas abaixo:

“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52:7 RA)

“Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, SENHOR.” (Salmos 40:9 RA)

A mesma passagem acima em outra versão:

“Ó SENHOR Deus, na reunião de todo o teu povo, eu contei a boa notícia de que tu nos salvas. Tu sabes que nunca vou parar de anunciá-la.” (Salmos 40:9 NTLH)

“O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;” (Isaías 61:1 RA)

Veja como fica a passagem acima citada no novo testamento (grego):

“Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4:17-19 RA)

Como ficou evidente nas passagens acima, a missão ou a ação de anunciar boas notícias no novo testamento é descriminada como “evangelizar”.

Até aqui já sabemos então o que seria pregar o evangelho:

·        Evangelizar seria a nossa missão de entregar a outras pessoas a “BOA NOVA”, dar a elas uma boa notícia.

Mas que notícia, ou qual informação boa teríamos a dar para alguém?

Essa boa notícia diz respeito a Jesus Cristo e a sua salvação, ou seja, seria anunciar a salvação através da graça, mensagem essa anunciada pelo próprio Cristo e seus apóstolos (Rm 1.15; Mt 4:23; Mt 9:35; Mc 1:14 Lc 8:1):

Evangelizar é anunciar aos outros as palavras do próprio Cristo e de seus apóstolos, principalmente de Paulo, a qual foi entregue a mensagem da Graça (Rm 1:1; At 20:24). Evangelizar ainda seria anunciar o que acontecerá com a igreja em breve, quando em majestade Jesus voltar para consumar o reino de Deus.

Em resumo, “evangelizar” seria instruir as pessoas a respeito das coisas que pertencem a salvação mediante a obra de Cristo, seria entregar a elas essa “boa nova”, ou seja, a ótima notícia de que através do grande amor e misericórdia de Deus, alcançamos o perdão de nossos pecados através do sacrifício de Jesus Cristo:

“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 NTLH)

É ou não é uma boa notícia sabermos que nossos pecados foram perdoados por Jesus Cristo a quase dois mil anos atrás? Isso é maravilhoso!!!

Mas a muito tempo, esse evangelho vem sendo deturpado. Pouco tempo após Paulo anunciar esse evangelho, já houve pessoas corrompendo a verdadeira mensagem, imagine então hoje, dois mil anos após Paulo anunciar essa boa notícia.

Mas através das escrituras sagradas e graças ao Espírito Santo, podemos ainda conhecer e pregar o verdadeiro evangelho. Paulo tendo conhecimento de que estavam alterando a verdadeira mensagem sobre a graça, preparou uma carta repreendendo os Gálatas que estavam abandonando o verdadeiro evangelho e voltando as práticas antigas. Através desta carta podemos identificar qual seria o verdadeiro evangelho que deveríamos pregar e o que deveríamos deixar para o passado, vamos estuda-la?

Já no início da carta aos Gálatas Paulo os lembra qual é o verdadeiro evangelho:

“Em obediência à vontade do nosso Deus e Pai, Cristo se entregou para ser morto a fim de tirar os nossos pecados e assim nos livrar deste mundo mau.” (Gálatas 1:4 NTLH)

Logo que Paulo disse isso, sem rodeios, ele já inicia a repreensão aos gálatas:

“Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho. Na verdade não existe outro evangelho, porém eu falo assim porque há algumas pessoas que estão perturbando vocês, querendo mudar o evangelho de Cristo. Mas, se alguém, mesmo que sejamos nós ou um anjo do céu, anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que temos anunciado, que seja amaldiçoado! Pois já dissemos antes e repetimos: se alguém anunciar um evangelho diferente daquele que vocês aceitaram, que essa pessoa seja amaldiçoada!” (Gálatas 1:6-9 NTLH)

Paulo é bem claro em dizer que não existe outro evangelho. Logo após, o apóstolo Paulo faz questão de lembra-los que ele não recebeu esse evangelho de homens ou de anjos, mas sim do próprio Jesus Cristo:

“Eu não o recebi de ninguém, e ninguém o ensinou a mim, mas foi o próprio Jesus Cristo que o revelou para mim.” (Gálatas 1:12 NTLH)

Continuando com a leitura da carta, começamos a encontrar algumas práticas que estavam afastando os gálatas do verdadeiro evangelho. Em um testemunho pessoal, Paulo declara como era religioso e como cumpria com zelo sua religião (Gl 1:13-14), perseguindo e punindo os Cristãos. A sua religião pregava que o que ele fazia estava certo, mas perante a vontade de Deus não, isso nos mostra que religiosidade não tem ligação nenhuma com o verdadeiro evangelho.

Catorze anos depois, em uma reunião com os Judeus, houve alguns entre eles que queriam circuncidar Tito, companheiro de Paulo:

“Porém alguns tinham se juntado ao nosso grupo, fazendo de conta que eram irmãos na fé, e queriam circuncidá-lo. Eram homens que tinham entrado para o grupo como espiões a fim de espiar a liberdade que temos por estarmos unidos com Cristo Jesus e para nos tornar escravos de novo.” (Gálatas 2:4 NTLH)

Circuncidar era uma regra religiosa que já deveriam ter esquecido, mas voltaram a praticá-la, ou seja, estavam voltando novamente a escravidão da lei, totalmente oposto com a mensagem do verdadeiro evangelho:

“Mas em nenhum momento nós cedemos, pois queríamos que vocês tivessem o verdadeiro evangelho.” (Gálatas 2:5 NTLH)

Algum tempo depois, Paulo repreendeu severamente a Pedro, pois este estava se comportando como hipócrita (Gálatas 2:12 RA). Pedro tinha comunhão e sentava a mesa juntamente com os que não eram Judeus, mas quando alguns judeus chegavam para ter comunhão com eles, ele não queria mais estar com os não judeus, isso por causa dos que eram a favor da circuncisão. Claramente Pedro não agia de acordo com o verdadeiro evangelho, fazia isso para demonstrar aos Judeus que ainda cumpria a lei, e neste episódio, Paulo foi bem duro com ele:

“Quando vi que eles não estavam agindo direito, de acordo com a verdade do evangelho, eu disse a Pedro na presença de todos: “Você é judeu, mas não está vivendo como judeu e sim como não-judeu. Então, como é que você quer obrigar os não-judeus a viverem como judeus?”” (Gálatas 2:14 NTLH)

Quando Paulo diz que eles não estavam agindo direito de acordo com a verdade do evangelho, ele referia-se ao fato de estarem na graça mas com “um pé” ainda na lei:

“Mas sabemos que todos são aceitos por Deus somente pela fé em Jesus Cristo e não por fazerem o que a lei manda. Assim nós também temos crido em Cristo Jesus a fim de sermos aceitos por Deus pela nossa fé em Cristo e não por fazermos o que a lei manda. Pois ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda.” (Gálatas 2:16 NTLH)

Paulo afirma “ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda” três vezes no mesmo verso. Essa repetitividade demostra uma certa impaciência com os irmãos de Gálatas, pois já os havia exortado antes em relação a lei e a graça (Gl 3:1), mas estavam novamente voltando a antiga aliança e esquecendo rapidamente do verdadeiro evangelho. Somos aceitos por Deus somente pela fé em Cristo Jesus, este é o verdadeiro evangelho, ou seja, essa é a “boa nova” que deve ser pregada como prioridade.

Paulo segue pregando o verdadeiro evangelho:

“Eu me recuso a rejeitar a graça de Deus. Pois, se é por meio da lei que as pessoas são aceitas por Deus, então a morte de Cristo não adiantou nada!” (Gálatas 2:21 NTLH)

No capítulo 3 de Gálatas, Paulo segue afirmando que o verdadeiro evangelho é somente pela fé. Dentro de vários testemunhos disso, Paulo cita Abraão, o pai da fé:

“Antes que isso acontecesse, as Escrituras viram que Deus ia aceitar os não-judeus por meio da fé. Por isso, antes de chegar o tempo, elas anunciaram a “boa notícia” a Abraão, dizendo: “Por meio de você, Deus abençoará todos os povos.”” (Gálatas 3:8 NTLH)

“BOA NOTÍCIA”, ou seja, em outra versão, Abraão foi o primeiro a ouvir o evangelho da verdade:

“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, [dizendo]: Todas as nações serão benditas em ti.” (Gálatas 3:8 DO)

“Abraão creu e foi abençoado; portanto, todos os que crêem são abençoados como ele foi.” (Gálatas 3:9 NTLH)

E mais:

“Os que confiam na sua obediência à lei estão debaixo da maldição de Deus. Pois as Escrituras Sagradas dizem: “Quem não obedece sempre a tudo o que está escrito no Livro da Lei está debaixo da maldição de Deus.”” (Gálatas 3:10 NTLH)

Se você acredita ser salvo mediante a obediência da lei, então procure cumpri-la por completo. Vale lembrar que a lei não se resume em apenas 10 mandamentos, foram mais de 600 leis entregues ao povo Judeu, dentro dessa lei, consta a circuncisão, então, você que é homem, está circuncidado? Ou você que acredita que a lei resume nos 10 mandamentos, nunca descumpriu nenhum deles? Não ache que apenas evitar matar e roubar seja o suficiente para ser “santo”, lembre-se que inveja e mentiras estão também dentro dessa lei, não preciso dizer a você que certamente já pecou, e as escrituras afirmam:

“Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (Romanos 6:23 NTLH)

O salário, ou seja, a recompensa do pecado é a morte, mas no mesmo verso temos o maravilhoso presente gratuito, ou seja, imerecida. Esse presente chama-se graça, o verdadeiro evangelho que Paulo pregava, e apenas teremos se estivermos unidos com Jesus Cristo.

Paulo continua no capítulo 3 explicando para que serve então a lei, já que agora somos salvos pela fé. É importante estudar isso, buscar referencias cruzadas com outros versos e se libertar definitivamente dessa ideia de que o sacrifício de Cristo foi apenas uma “ajudinha”, e que nossos esforços ainda são necessários para nossa salvação.

“Mas, antes que chegasse o tempo da fé, nós éramos prisioneiros da lei, até que fosse revelada a fé que devia vir. Assim, a lei ficou tomando conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser aceitos por Deus por meio da fé. Agora que chegou o tempo da fé, não precisamos mais da lei para tomar conta de nós.” (Gálatas 3:23-25 NTLH)

Depois de tanta explicação, Paulo vai direto ao ponto e mostra a eles onde estão errando:

“No passado vocês não conheciam a Deus e por isso eram escravos de deuses que, de fato, não são deuses. Mas, agora que vocês conhecem a Deus, ou melhor, agora que Deus os conhece, como é que vocês querem voltar para aqueles poderes espirituais fracos e sem valor? Por que querem se tornar escravos deles outra vez? Por que dão tanta importância a certos dias, meses, estações e anos? Estou muito preocupado com vocês! Será que todo o trabalho que tive com vocês não valeu nada?” (Gálatas 4:8-11 NTLH)

Os Gálatas estavam voltando a idolatria e a considerar alguns dias mais importantes que outros. Tudo sobre isso já havia sido esclarecido pelo apóstolo Paulo, e por causa disso ele demostra uma certa frustação, por ver todo o seu trabalho sendo literalmente jogado fora.

Idolatria, ou seja, considerar que existe outros meios de alcançar a salvação, acreditar que outra pessoa possa também interceder por nós a Deus, acreditar que outra pessoa santa que já morreu tem poderes para nos ajudar em vida ou ainda acreditar que existem dias mais importantes que outros, tudo isso não faz parte do verdadeiro evangelho que Paulo nos anunciou.

Sabendo então o que significa o verdadeiro evangelho, reflita sobre como você aborda as pessoas, ouça o que você está dizendo, o que sai de sua boca pode ser recebido pela pessoa como uma boa notícia? Ou seria mais uma ameaça, do tipo:

“Aceite” Jesus Cristo, seja batizado nas águas imediatamente, de o dízimo, ou então será queimado junto com satanás no fogo do inferno!!!

Esse tipo radical de pregação não tem nada a ver com evangelizar, algumas coisas podem até ser verdade, mas num primeiro contato com alguém, o mais importante não é exortá-la sobre doutrinas contestáveis, e sim sobre o que toda denominação Cristã concorda (ou deveria), que seria a mensagem da graça:

“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 NTLH)

Jesus Cristo se entregou por nós naquela cruz e ressuscitou para que todo aquele que nele crer, não morra, mas tenha a vida eterna. Esse deve ser o tipo de mensagem enviada a outras pessoas, uma mensagem clara sobre o sacrifício que Cristo fez por nós naquela cruz, evidenciando o imenso amor e misericórdia que Deus teve por todo aquele que o confessa senhor e salvador.

Pode acontecer de que estamos pregando ainda sobre arrependimento, ou seja, exortando a outros a se arrependerem primeiro para depois “aceitar” Jesus, mas não é assim que funciona. Veja o que aconteceu com aquela prostituta condenada ao apedrejamento (Jo 8:3-11), Jesus a salvou primeiro para depois repreende-la a não pecar mais:

“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:4 RA)

Entender isso é a chave para o perfeito entendimento sobre evangelizar, pois boas notícias não podem estar associadas a regras e mais regras, repreensão e mais repreensão, condenação e mais condenação:

“Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:17 RA)

A força do hábito nos faz apresentar Jesus as pessoas como alguém que elas precisam “aceitar” (como neste mesmo estudo é apresentado), mas devemos entender que não é por nossa escolha, não é por nosso consentimento ou razão que nos faz sermos eleitos de Deus. Essa escolha é feita pelo próprio senhor Jesus:

“Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.” (João 5:21 RA)

É válido sim instigar as pessoas a “aceitar” Jesus, mas no sentido de Crer, acreditar que Ele é o responsável por nossa salvação, de que a sua obra foi completa lá na cruz, e que sozinhos, não teríamos forças e condições para alcançar a salvação de nossas almas.

A salvação é pela fé, não por obras ou por arrependimento:

Rm 1:16 ¶ Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;

Rm 1:17  visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.

“Se você disser com a sua boca: “Jesus é Senhor” e no seu coração crer que Deus ressuscitou Jesus, você será salvo.” (Romanos 10:9 NTLH)

Uma pessoa pode estar arrependida e praticar boas obras uma vida toda, mas se ela não confessar Jesus como seu Senhor e Salvador e não crer que Ele ressuscitou dos mortos, já está condenada:

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18 RC)

Parece ser muito dura a afirmação acima, mas é o que a bíblia através dos testemunhos das pessoas que morreram pelo que acreditavam nos afirmam.

Deus fez tudo entregando Jesus naquela cruz, entregou seu filho amado para morrer em nosso lugar, e agora queremos alcançar a salvação por outro meio ou outro caminho? Já está decretado, Cristo é o único caminho, Ele é a verdade e a Vida, e nem mesmo outro teve a ousadia de dizer isso, ou você ouviu isso de Maria? Ou de Maomé? Ou do buda? Ou de algum espírito? Não!! Somente Jesus pode nos dar a salvação de nossa alma:

“Jesus respondeu: —Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.” (João 14:6 NTLH)

Sabendo que evangelizar é espalhar a boa notícia a respeito da salvação que Deus nos deu através do sacrifício de Jesus Cristo, podemos agora sermos mais objetivo na obra ao qual todos os cristãos foram encarregados, isso não é responsabilidade apenas dos líderes espirituais, e sim de todo aquele que é servo de Deus. Agora, Ele nem nos chama mais de servo, e sim de amigos (Jo 15:15), pois sabemos o que o Pai deseja, e assim, essa obrigação de evangelizar não a torna pesada, como se fosse um trabalho, onde primeiro trabalhamos para depois recebermos nossa recompensa, mas sim, já recebemos nossa maior recompensa, algo que não podemos precificar, e assim, movidos por essa alegria e satisfação, com nossa mente renovada, podemos espalhar o evangelho da forma que deve ser, proclamando as boas novas de Deus.

Termino o estudo com a mesmo desejo de Paulo:

“E peço ao Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, que dê a vocês o seu Espírito, o Espírito que os tornará sábios e revelará Deus a vocês, para que assim vocês o conheçam como devem conhecer. Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo” (Efésios 1:17-18 NTLH)