sábado, 28 de março de 2015

OFERTAR É UM DOM DE DEUS

Se você já leu o estudo sobre o Dízimo, percebeu que as mesmas tribos que dizimavam também ofertavam, isso não mudou nada nos dias de hoje, ou não deveria mudar. Um ministério, qualquer que seja, precisa de uma determinada moeda de troca para se manter, a moeda de hoje é o dinheiro, ninguém poderá trocar o aluguel de uma sala por uma galinha, não poderemos hoje encher o tanque de combustível em troca de farinha, é necessário
o dinheiro, até mesmo no antigo testamento era usado dinheiro para ofertas pela culpa e pelo pecado, e iam direto para os sacerdotes (2Rs 12:16).

Tudo vem de Deus (Sl 65:9), O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada (Jo 3:27). É o próprio Deus que nos dá a vida, respiração e tudo mais (At 17:25), é ele que enriquece mas também empobrece (1Sm 2:7), um homem que está sendo levado a uma igreja é de Deus, o tremor dos céus e da terra é de Deus, até mesmo a nossa salvação provém dele, Ele reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação (2Co 5:18), ou seja, ele desenhou o plano dele, chamou seu filho para ser o Redentor. O trabalho de reconciliação, ou de fazer a expiação do pecado, é atribuída a Deus, a obra é de Cristo, mas Deus deu o primeiro passo em direção a ela: ele formou o esquema, estabeleceu o seu Filho em seus propósitos e decretos para ser o sacrifício, ora, tudo provém de Deus!

Na antiga aliança, existiam várias maneiras de dar a Deus o que já é dele; holocaustos, sacrifícios, dízimos, ofertas voluntárias, ofertas votivas, ofertas de cereais, ofertas de vinho, ofertas de paz, primogênitos das vacas e das ovelhas (Dt 12:6;11; Nm 29:39; Ne 12:44), e até mesmo dos seres humanos (Gênesis 22:2)

A oferta refere-se ao dar ou a algo dado, dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, um presente oferecido em expressão de honra, ainda que nem sempre gratuito ou destituído da ideia de recompensa. Na antiga aliança (lei), existia também a oferta pelo pecado, eram sacrifícios de animais e outros presentes oferecidos a Deus.

A oferta é um Dom (2 Cor 9:12-15); “Porque isso o que vocês fazem (ofertar) não somente ajuda o povo de Deus que está necessitado, mas também faz com que eles façam muitas orações de gratidão a Deus”. Esse capítulo termina com Paulo agradecendo a Deus pelo seu dom inefável! ou seja, um presente de Deus que palavras não podem descrever. Saiba então que ofertar nada mais é que um Dom de Deus, assim como profecias e milagres.

Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome (Sl 96:8), que a sua oferta seja de qualidade, como o povo de Israel era indicado a fazer (Lv 1:3). Quando eles ofertavam um boi, esse boi teria que ser sem defeito para que Deus o aceitasse, é claro que dinheiro não tem defeito, e não é a quantidade que importa a Deus (Lc 21:4), mas, e se ele foi conseguido de maneira ilícita? Você daria a Deus? Como é a sua postura na hora de ofertar (Mt 5:24), você se sente bem com isso? É com alegria que está ofertando?

Existem algumas condições para que Deus aceite nossas ofertas, e a oferta com peso no coração, Deus não aceitará, oferte com alegria, seja espontâneo, e claro, racional, faça como Paulo ensinou (1 Coríntios 16:2), separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou.

Jesus disse: —Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga (Mt 19:21). Segundo essa passagem, temos que ser pobres, temos que dar tudo o que temos para que possamos merecer um lugar no céu, mas Jesus conhecia o coração do homem à quem disse isso, sabia que ele tinha amor ao dinheiro, e por isso não faria o que disse. Em Lucas 19;8, Zaqueu (um cobrador de impostos, homem que naquela época era visto como hoje vimos um político corrupto), resolveu dar metade de tudo o que tinha aos pobres, e mais, restituiria quatro vezes mais a pessoa que tivesse roubado, e no versículo seguinte, Jesus diz que a salvação chegou para ele. Perceba no contexto que em nenhum momento Jesus mandou Zaqueu dar aos pobres o seu dinheiro, Zaqueu agiu com o coração, e não precisou dar tudo o que tinha para ter um lugar no céu.

Há líderes religiosos que colocam muita carga em suas ovelhas, seus cultos são sempre em cima da prosperidade vinda em troca da oferta, tirando deles grandes quantidades de dinheiro, deixando as vezes sem nada, são pessoas que nem Judas, ao ver Maria lavando os pés de Jesus com um perfume caríssimo disse: Este perfume vale mais de trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres (Jo 12:5-6)? Judas disse isso, não porque tivesse pena dos pobres, mas porque era ladrão. Ele tomava conta da bolsa de dinheiro e costumava tirar do que nela colocavam.

Mas os líderes religiosos gananciosos que existem são poucos comparados com todos os outros, mas esses são os que mais estão expostos, na televisão principalmente, mas existem vários pastores dentro de favelas, ilhas, lugares sem energia elétrica, lugares que até correm risco de morte, como Coreia do Norte e Arábia Saudita, pregando a palavra.

Por ignorância, muitos criticam os pastores por “tirar” dinheiro de seus fiéis, são pessoas que nunca ofertaram. Eles podem gastar 50 reais em uma pizza, não que isso seja errado, mas não ajudam a igreja nem sequer com 1 real. Chamam os pastores de ladrão, porque estão prosperando; tem um bom carro e mora em uma boa casa. Se um fanqueiro, que canta horrivelmente, com músicas pornográficas e ostentativas podem ter mansão e carrão, porque um filho de Deus não pode? Um filho do diabo pode ter mansão e vida financeira próspera, mas um filho de Deus não. Por exemplo, Silas Malafaia coloca num estádio 50000 pessoas e cobra 1 real o ingresso, pessoas ignorantes dirão, o que ele fará com 50000 reais? Mas um clube de futebol pode cobrar 100 reais o ingresso e colocar 50000 pessoas lá dentro, e ninguém falará nada. É ou não é perseguição? Para gastar 50 reais numa pizza não tem problema, mas para dar 1 reais na igreja é quase impossível: “eu não vou dar dinheiro pro pastor”.

É claro que existe recompensa pela oferta. Ofertar é uma semente plantada, um dia colherás o fruto (Fp 4:17). Mas temos que entender que não merecemos nem mesmo a fruto colhido por nossa oferta. Deus nos dá muito mais e além (Lc 6:38), para que não nos gloriamos, achando que foi por nosso esforço. Deus prometeu prosperidade ao povo de Israel quando ajudassem aos levitas (Dt 14:29), é claro que a prosperidade acontece quando ofertamos, mas só quando realmente ofertamos sem a intenção de receber algo em troca (Mt 6:3). Procure ofertar em sigilo, assim, sua recompensa estará garantida no céu, se alguém o agradecer pela oferta, diga para agradecer a Deus, do contrário, você será glorificado e essa já será a sua recompensa.

O que você prefere, dar ou receber (At 20:35)? É claro, se você for inteligente, preferirá ajudar alguém do que pedir ajuda. É melhor emprestas do que pedir emprestado. Quem oferta, terá mais ainda para ofertar. Deus te dá recursos financeiros pra isso, e espera que você o multiplique (Lc 19:15), não seja aquela pessoa que enterrou o dinheiro de seu Senhor e depois o devolveu sem juros (Mt 25:25), Você sabia que é possível roubar a Deus: Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas (Ml 3:8).

Se não multiplicarmos o que é de Deus, acabaremos sem nada, Ele vai tirar o que nos deu e dará para aquele que soube multiplicar (Mt 25:28): Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado (Mt 13:12; Mt 25:29).

As pessoas nem sempre precisam de ajuda monetária. Uma palavra de esperança e motivação também são muito importantes (At 3:6), mas a Fé sem obras é morta (Tg 2:17), então não adianta apenas dizer para alguém: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso (Tg 2:16)?

Ajude primeiramente os irmãos da fé, não ache que ajudando estranhos estarás sendo “bonzinho”, é claro que é bom ajudarmos, mas pergunte se é irmão em Cristo. As vezes temos irmãos na própria igreja com dificuldades, precisando de ajuda, e acabamos dando a estranhos nossas ofertas. Não deis aos cães o que é santo (Mt 7:6), você poderá ajudar a um filho do diabo (1 João 3:10), que nunca reconhecerá ou agradecerá a Deus pelo milagre que aconteceu, isso mesmo, as vezes somos o milagre de alguém, e para a pessoa que não conhece a Deus, o milagre nunca existirá. Se essa oferta estiver indo para o lugar errado, não teremos recompensa no céu (Lc12:33; Mt 19:21;1Co 3:14).

Ofereça a Deus as suas primícias, e não as suas sobras (Lc 21:4). Separe para Deus os primeiros frutos, as primeiras vendas ou primeiros serviços do mês, se você é assalariado, deixe já separado ou estabelecido o valor que o seu coração o está movendo a ofertar (Êx 25:2; 35:5;21). Deus se agrada desse tipo de oferta, assim como se agradou da oferta de Abel (Gn 4:3-5). Você mostrará confiança em Deus, entregando as primícias a ele, mas esperar ter muito para depois ofertar não é prova que você confia em Deus.


Deus promete alegria em tudo o que fizermos (Dt 12:18), nos promete prosperidade (Ml 3:10), abundância (2Cr 31:10) e fará repousar a bênção sobre a vossa casa se aprendermos a ofertar (Ez 44:30). Mas você poderá me dizer: “essas promessas são para quem dá o dízimo!”. Lembra do estudo sobre o Dízimo (clique aqui para ler), que não existe mais Levitas para receber? O dízimo seria uma “obrigação” das outras tribos para poderem sustentar os levitas. Hoje não temos mais levitas para oferecermos os dízimos, mas temos as igrejas, ministérios e pessoas, que precisam de uma oferta, que seja voluntária, que seja movida pelo seu coração, que não seja necessariamente relacionado a obrigação de dar dez por cento, porque, onde estaria o amor? Lembra que Abraão dizimava, antes de surgir a lei, mas ele deu a Deus seu filho, que vale muito mais que dez por cento. Seja racional, separe a Deus o que está a seu alcance, pode ser 20 ou 30 por cento, pode ser tudo, pode ser 1,2, ou 3 por cento, pode até ser uma palavra de motivação, de esperança, de salvação, pode ser um gesto de gentileza, uma carona, um almoço, enfim, a oferta não está relacionada somente ao dinheiro. Use esse dom que Deus nos deu, para através desse mesmo dom (ofertar), Deus possa fazer o que mais deseja: nos prosperar, em todas as áreas; financeiramente, espiritualmente, no casamento, no trabalho, enfim, nos dar uma vida abundante (João 10:10).

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